Por
Wanderson Fernandes
É
tentador quando nos deparamos com uma boa publicidade de produtos alimentícios.
Porém, boa parte desses comerciais omite informações nutricionais importantes
que vão de encontro à saúde de todos.
Pensemos
nos anúncios de pratos prontos congelados. O intuito desses comerciais é passar
aos consumidores a impressão de que o produto é uma boa opção para nossa
alimentação diária. O problema é que esses alimentos contam com altos teores de
gorduras, sódio, sal, açúcares e outras substâncias que, quando consumidas em
excesso, contribuem com as epidemias globais de obesidade, diabetes e outras
doenças crônicas.
Por
isso, com o intuito de fiscalizar e punir possíveis abusos desse tipo de
propaganda, o Governo Federal, em conjunto com a Coordenação Geral de Alimentos
e Nutrição (CGAN), incluiu no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022, a regulação da
publicidade de alimentos, com base nas seguintes questões:
1.
A informação adequada e correta sobre o valor nutricional do alimento, evitando
qualquer tipo de erro ou equívoco sobre seus atributos e de mecanismos de
indução sobre vantagens associadas ao consumo de alimentos não saudáveis;
2.
A caracterização e definição do que são alimentos ricos em açúcar, gordura e
sal;
3.
O uso de advertências após a veiculação de publicidade desses alimentos;
4.
A restrição da utilização de figuras, desenhos e personalidades, quando
direcionada a crianças;
5.
A restrição do horário de veiculação (após 21horas e até as 6 horas);
6.
Proibição de publicidade em instituições de ensino;
7.
Proibir associação com brindes, prêmios, bonificações e apresentações.
Embora
seja responsabilidade do estado garantir a promoção da saúde e a prevenção de
doenças, a partir do princípio do direito humano à alimentação adequada, cabe
também a cada um de nós assumir a responsabilidade por uma educação alimentar,
adquirindo hábitos sadios, e não cedendo aos apelos da publicidade e da indústria
de alimentos, fazendo-as, assim, se adequarem a novos padrões de qualidade.
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