Armas, crianças e as Nações Unidas em debate

Descrição para cegos: imagem mostra a

Ana Carolina sentada, segurando

uma placa que contém a palavra"Congo"

e a bandeira desse país, parcialmente

encoberta pela mão da estudante.

Por Gabriel Costa

Você sabia que ainda hoje países e grupos armados convocam crianças para a guerra? Sabia que a ONU tem uma lista com os sete países que mais usam esse recurso? Você sabia que isso é totalmente contra os direitos humanos e os objetivos do milênio?

No início de agosto foi realizado o Encontro Nacional dos Organizadores de Modelos das Nações Unidas, Enomun, que simulou cinco comitês das Nações Unidas. Um deles foi uma conferência da Unicef acerca do tema “O recrutamento de crianças por forças ou grupos armados”. A simulação foi realizada pela Academia Nacional de Estudos Transnacionais (Anet), na Faculdade Internacional da Paraíba, no centro de João Pessoa.

- Debater o que poucos debatem é muito importante para a resolução do problema. Muitas vezes as grandes conferências das Nações Unidas abordam temas que eles declaram ser os mais importantes, urgentes e necessários à população, mas esquecem de dar visibilidade a problemas tão importantes quanto - relata Hadassa Silveira, secretária-geral do Enomun.

- Países como o Sudão do Sul e o Congo, que estão entre os sete listados pela ONU, muitas vezes só tomam atitudes para combater esses problemas por conta de pressão internacional, embargos econômicos e outros prejuízos que eles podem lhe acarretar; não necessariamente por considerarem um atentado aos Direitos Humanos - ressalta.

A aluna de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Ana Carolina Revoredo representou a delegação do Congo na simulação do conselho da Unicef. Para ela, “o mais importante é aprender com esses casos externos para que possamos lidar com os problemas do nosso cotidiano. Os direitos humanos são postos em xeque diariamente e precisamos saber lidar com isso”, declarou a estudante.