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"O Alcorão é uma merda", dizia uma das capas mais polêmicas do periódico francês |
O atentado ao jornal francês Charlie Hebdo, no dia 7 de
janeiro deste ano, trouxe à tona uma série de discussões, não só no espectro do
combate ao terrorismo e ao fundamentalismo religioso. Boa parte da imprensa
encarou o fato como um ataque à liberdade de expressão dos jornalistas,
defendendo o periódico contra toda e qualquer acusação. Sabe-se, no entanto,
que de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a liberdade de
expressão possui limites e não pode, por exemplo, ferir a dignidade humana. Tendo
isso em vista, El Rafo Saldanha publicou no blog “Em Tom de Mimimi” um
texto no qual discorre sobre os efeitos que as charges do Charlie
Hebdo produzem sobre a sociedade francesa – em especial no que diz respeito à
marginalização do povo islâmico no país – questionando até que ponto a
autonomia do jornal em demonstrar seu ponto de vista é aceitável. (Marco
Galindo)