Não há dúvidas de que esta campanha eleitoral é uma
das mais acirradas e disputadas dos últimos tempos, marcada por debates
acalorados e nem sempre respeitosos. E um dos momentos mais baixos foi
protagonizado por Levy Fidelix, então candidato à Presidência no primeiro
turno, no debate da Record. O presidenciável pelo PRTB associou homossexuais a
pedófilos, defendeu tratamento psicológico aos LGBT e, por fim, conclamou a
maioria a “enfrentar essa minoria”. A reação subsequente nas redes sociais foi
intensa para os dois lados. Enquanto a hashtag # LevyVocêÉNojento figurou entre
as mais comentadas do Twitter, a página do Facebook de Levy Fidelix cresceu dez
vezes em número de seguidores.
Pensando nisso, o Ministério da Justiça lançou, através
da sua página no Facebook, a
campanha “Não confunda discurso de ódio com liberdade de expressão”. A ação era
composta por uma imagem e o texto subsequente: “Liberdade de expressão é o
direito de manifestar livremente opiniões e ideias. Entretanto, o exercício
dessa liberdade não deve afrontar o direito alheio, como a honra e a dignidade
de uma pessoa ou determinado grupo. O discurso do ódio é uma manifestação
preconceituosa contra minorias étnicas, sociais, religiosas e culturais, que
gera conflitos com outros valores assegurados pela Constituição, como a
dignidade da pessoa humana. O nosso limite é respeitar o direito do outro”. Até
o fechamento deste texto, a campanha contava com mais de 50 mil “curtidas” e
100 mil “compartilhamentos”.