Reprodução: Human Rights |
Quantos gritos cabem em um
silêncio? Até onde vai a nossa liberdade? A Declaração Universal dos Direitos
Humanos pede mais liberdade, mas uma parte do mundo parece não ouvir. No Paquistão,
uma cristã é condenada à forca por blasfêmia contra o profeta Maomé. No Irã,
mulheres são atacadas com ácido por extremistas religiosos que não aceitam
mudanças em suas vestimentas. Diante disso, só nos resta uma pergunta: somos
realmente livres para pensar o que quisermos e escolhermos o melhor para nós?
(Stwart Lucena)
A Violação dos Direitos Humanos
Por Human Rights
ARTIGO 13.º — LIBERDADE DE
MOVIMENTO
“1. Toda a pessoa tem o direito
de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
“2. Todos têm o direito a
abandonar qualquer país, incluindo o seu próprio, e de voltar a seu país.
Em Myanmar, milhares de
cidadãos foram detidos, incluindo 700 prisioneiros de consciência, destacando a
prêmio Nobel Daw Aung San Suu Kyi. Em retaliação às suas atividades políticas, dos
últimos 18 anos ela esteve 12 presa ou sob prisão domiciliar, e recusou todas
as ofertas de libertação que exigissem que abandonasse o país.
Na Argélia, refugiados em busca
de asilo foram vítimas de maus tratos, expulsos de seus abrigos e presos. 28
pessoas, em especial africanos subsaarianos classificados como refugiados por
parte do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), foram
deportados para o Mali após serem falsamente julgados, sem um advogado ou
intérprete, sob acusações de entrar ilegalmente na Argélia. Eles foram largados
em uma cidade do deserto, sem comida, água e ajuda médica.
No Quênia, as autoridades
violaram a lei internacional de refugiados quando fecharam a fronteira no
momento em que milhares de pessoas fugiam do conflito armado na Somália. Os que
procuravam asilo foram detidos ilegalmente e sem julgamento, sendo devolvidos à
força para a Somália.
No norte do Uganda, 1,6 milhões
de cidadãos permaneceram em campos de deslocados. Na sub–região de Acholi, a área
mais afetada pelo conflito armado, 63 % dos 1,1 milhões de pessoas deslocadas
em 2005 ainda viviam em campos de refugiados dois anos depois, em 2007, sendo
que apenas 7.000 regressaram definitivamente aos seus lugares de origem.
ARTIGO 18.º — LIBERDADE DE
PENSAMENTO
“Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de
consciência e de religião: este direito implica a liberdade de mudar de
religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião,
sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pelos ritos.”
Em Myanmar, o conselho militar reagiu
contra manifestações pacíficas conduzidas por monges, realizando buscas e
fechando mosteiros, confiscando e destruindo propriedades, disparando,
golpeando e detendo manifestantes, bem como seus amigos e familiares.
Na China, praticantes de Falun
Gong foram escolhidos para tortura e outros maus tratos enquanto estavam
detidos. Cristãos foram perseguidos por praticarem a sua religião fora dos
canais aprovados pelo Estado.
No Cazaquistão, autoridades
autorizaram a destruição de 12 lares em uma comunidade perto de Almaty, estas pertencentes
a membros de Hare Krishna, acusados falsamente de
adquirir os terrenos de forma ilegal.
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