quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O direito humano da liberdade de movimento, pensamento e escolha


Reprodução: Human Rights
Quantos gritos cabem em um silêncio? Até onde vai a nossa liberdade? A Declaração Universal dos Direitos Humanos pede mais liberdade, mas uma parte do mundo parece não ouvir. No Paquistão, uma cristã é condenada à forca por blasfêmia contra o profeta Maomé. No Irã, mulheres são atacadas com ácido por extremistas religiosos que não aceitam mudanças em suas vestimentas. Diante disso, só nos resta uma pergunta: somos realmente livres para pensar o que quisermos e escolhermos o melhor para nós? (Stwart Lucena)

A Violação dos Direitos Humanos


ARTIGO 13.º — LIBERDADE DE MOVIMENTO
“1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
“2. Todos têm o direito a abandonar qualquer país, incluindo o seu próprio, e de voltar a seu país.

Em Myanmar, milhares de cidadãos foram detidos, incluindo 700 prisioneiros de consciência, destacando a prêmio Nobel Daw Aung San Suu Kyi. Em retaliação às suas atividades políticas, dos últimos 18 anos ela esteve 12 presa ou sob prisão domiciliar, e recusou todas as ofertas de libertação que exigissem que abandonasse o país.
Na Argélia, refugiados em busca de asilo foram vítimas de maus tratos, expulsos de seus abrigos e presos. 28 pessoas, em especial africanos subsaarianos classificados como refugiados por parte do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), foram deportados para o Mali após serem falsamente julgados, sem um advogado ou intérprete, sob acusações de entrar ilegalmente na Argélia. Eles foram largados em uma cidade do deserto, sem comida, água e ajuda médica.
No Quênia, as autoridades violaram a lei internacional de refugiados quando fecharam a fronteira no momento em que milhares de pessoas fugiam do conflito armado na Somália. Os que procuravam asilo foram detidos ilegalmente e sem julgamento, sendo devolvidos à força para a Somália.
No norte do Uganda, 1,6 milhões de cidadãos permaneceram em campos de deslocados. Na sub–região de Acholi, a área mais afetada pelo conflito armado, 63 % dos 1,1 milhões de pessoas deslocadas em 2005 ainda viviam em campos de refugiados dois anos depois, em 2007, sendo que apenas 7.000 regressaram definitivamente aos seus lugares de origem.

ARTIGO 18.º — LIBERDADE DE PENSAMENTO
“Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião: este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.”
Em Myanmar, o conselho militar reagiu contra manifestações pacíficas conduzidas por monges, realizando buscas e fechando mosteiros, confiscando e destruindo propriedades, disparando, golpeando e detendo manifestantes, bem como seus amigos e familiares.
Na China, praticantes de Falun Gong foram escolhidos para tortura e outros maus tratos enquanto estavam detidos. Cristãos foram perseguidos por praticarem a sua religião fora dos canais aprovados pelo Estado.
No Cazaquistão, autoridades autorizaram a destruição de 12 lares em uma comunidade perto de Almaty, estas pertencentes a membros de Hare Krishna, acusados falsamente de adquirir os terrenos de forma ilegal.

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