terça-feira, 1 de julho de 2014

A Liberdade é Azul



Resenha-crítica do filme A Liberdade é Azul

Liberdade, igualdade e fraternidade. O lema nacional da França, desde a revolução de 1789, serviu como inspiração para “A Trilogia das Cores” – uma das melhores tríades cinematográficas já feita até hoje –, criada por Krzysztof Kieslowski. “A Liberdade é Azul”, de 1993, o primeiro dos três filmes, foi responsável por divulgar para o mundo inteiro a new wave do cinema francês e as carreiras do cineasta e da atriz Juliette Binoche, protagonista nas três películas.

A história segue Julie Vignon quando ela perde a filha e o marido, um famoso compositor europeu, em um acidente de carro. A personagem escolhe lamentar a perda da sua família negando o seu passado e, pronta para o nada, se muda para um apartamento parisiense. A transição é feita apenas com um objeto que a conecta com sua antiga vida, um lustre de contas azuis da sua filha.

Apesar de a morte parecer ser a plot principal, o âmago do longa reside na tentativa de Julie em se libertar do seu passado e iniciar uma saga vazia, à medida que elementos da sua vida passada brotam de todos os lados e atrapalham os seus planos e novos aspectos libertários são apresentados. A cor azul é um personagem a parte e, além de representar a liberdade da bandeira francesa, ajuda a dar um tom melancólico às cenas.

A Liberdade é Azul é uma experiência que estimula sonora e visualmente o espectador. A produção possui um tom peculiar e é rica em detalhes sutis, que merecem ser percebidos e compõem uma obra-prima atemporal.

Ficha Técnica:
Gênero: Drama
Direção: Krzysztof Kieslowski
Roteiro: Agnieszka Holland, Edward Zebrowski, Krzysztof Kieslowski, Krzysztof Piesiewicz, Slawomir Idziak
Elenco: Benoît Régent, Charlotte Véry, Emmanuelle Riva, Florence Pernel, Juliette Binoche
Produção: Marin Karmitz
Fotografia: Slawomir Idziak
Trilha Sonora: Zbigniew Preisner
Duração: 100 min.

Carla Braga
                           

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