Por Diego Fenas
No
último dia 26, presenciei uma situação que me chamou atenção. Ao voltar para
casa em um coletivo, na Avenida Epitácio Pessoa adentrou um jovem que
aparentava 20 anos, maltrapilho, perguntando se algum passageiro poderia pagar
sua passagem, sendo atendido minutos depois.
Até
aqui tudo bem, nenhuma novidade. Mas, ao passar a roleta, o jovem continuou sua
fala, “Bom dia pessoal! Peço desculpas por atrapalhar a viagem. Eu não sou ‘ladrão’,
eu tô aqui para pedir a ajuda de vocês para alimentar minha família, porque eu
prefiro pedir do que roubar”.
Logo
após sua fala, comecei a refletir sobre uma questão que está explícita aos
nossos olhos todos os dias, “a desigualdade social”. Esse é um problema que
atinge a maioria dos países, principalmente os subdesenvolvidos, limitando o
acesso a bens e serviços de um determinado grupo social, refletindo na
qualidade de vida dessa parcela da população.
Apesar
de o Brasil ser comprovadamente um país desigual e haver desrespeito e
discriminação por parte da sociedade, lançar mão da pobreza para agir de
maneira desonesta não é justificava. O crime não pode ser usado ou sequer
considerado como única alternativa a uma situação de extrema carência, pois, em
vez de solução, pode desencadear outros problemas para quem o pratica e para
seus familiares.
Segundo
os últimos dados divulgados pelo IBGE, referente ao ano de 2014, o Brasil ficou
menos desigual. O índice recuou de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014. Mas,
apesar dos avanços na qualidade de vida, ainda há um grande caminho a ser
percorrido. Um deles deve ser o incentivo à educação como atenuante para as
desigualdades. No mais, a busca por igualdade é uma forma de manter a sociedade
mais justa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será postado em breve.