Resenha crítica do filme “12 Anos de
Escravidão”
Imagine nascer livre,
ser sequestrado e levado para uma vida sem liberdade ou dignidade. “12 Anos de
Escravidão” conta a história de Solomon Northup, violinista e fazendeiro norte-americano
negro, que viveu entre 1808 e 1863. O longa, vencedor do Oscar de Melhor Filme
em 2014, é baseado no relato homônimo de Northup publicado em 1853, sobre sua
história trágica de captura para a escravidão, sendo ele um homem livre.
Northup vivia de forma
digna com sua família, em Washington, D.C., sem problemas financeiros. Tudo mudou
quando dois supostos artistas o convidaram para uma espécie de turnê. Ao final
dessa viagem, Solomon viveu o que jamais imaginou: foi sequestrado e levado
para o sul dos EUA, onde recebeu outra identidade e foi vendido como escravo,
mesmo sendo livre e tendo comprovação legal disto. Vítima de uma atrocidade.
As intempéries vividas como escravo são inúmeras, e o espectador as experimenta junto com os personagens, graças à brilhante direção de atores e delicadeza da fotografia do longa. Em um determinado momento, Northup conversa com outra vítima de sequestro, que o manda não discutir como os sequestradores se quiser sobreviver. A resposta de Northup é simples e impactante: “Eu não quero sobreviver, quero viver”. A inacreditável saga real pelo resgate da dignidade é o que move e faz esta obra. (Marcela Agra)
Ficha Técnica
Título Original: 12 Years a Slave
Gênero: Drama, Biografia, Histórico
Direção: Steve McQueen
Roteiro: John Ridley (adaptação) e
Solomon Northup (obra original)
Elenco: Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Lupita
Nyong’o, Brad Pitt, Benedict Cumberbatch, Sarah Paulson
Duração: 135 minutos
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