Imagine que você ganhou um ticket para participar de uma cidade que acabou de sair do mundo virtual para o mundo real. A cidade seria uma espécie de simulação da vida real, só que você seria o seu próprio avatar. Esse ticket, além de permitir a sua entrada na cidade chamada Planeta Terra, irá garantir o seu direito de viver nela, ser tratado igualmente entre os demais avatares, circular por onde quiser, pensar, expressar-se, estar seguro - independente do local - e ter uma casa para chamar de sua. O ticket é mais conhecido entre os residentes como “Direitos Individuais”.
Um dos passos mais importantes para que os cidadãos do Planeta Terra vivam em harmonia e mantenham o seu ticket em um ótimo estado de conservação é entender a ideia do direito à liberdade. Para isso, vamos distinguir a liberdade em dois tipos: interna e externa. A primeira, diz respeito ao mundo interior do homem, da sua consciência e personalidade. É um mundo subjetivo, amplo, abstrato e irrestrito. A segunda consiste na manifestação do querer pessoal e do poder fazer. É uma liberdade objetiva e restrita.
Mas por que esta última tem um limite? Pelo simples fato de visar não só o bem de um, mas de todos. Montesquieu já afirmou: “Se um cidadão fosse livre para fazer o que as leis proíbem, já não teria liberdade, porque os outros teriam também esse poder”. Assim, os residentes do Planeta Terra deverão aprender a conciliar a sua liberdade individual sem que esta destrua, danifique ou amasse o ticket do outro.
Irene Sá
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