Foi divulgado, no dia 29 de janeiro, o relatório da ONG Human
Rights Watch a respeito da proteção aos direitos humanos em 90 países. O
Brasil, mesmo sendo uma democracia há 30 anos, ainda sofre com problemas
crônicos da época da ditadura, como a tortura em presídios. Além disso, o
excesso de força letal por parte de agentes públicos, especialmente das
polícias do Rio e de São Paulo, é destacado pela organização, bem como as
péssimas condições dos presídios. Confira abaixo os principais pontos
mencionados ou clique aqui para ver o relatório
na íntegra. (Marco Galindo)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Governo lança Pronatec para moradores de rua, menor infrator e pessoa com deficiência
Por Stwart Lucena
O Governo Federal, através do Ministério da Educação
(MEC) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR),
lançou no dia 26 de novembro para iniciar este ano o Pronatec Direitos Humanos,
programa que beneficiará pessoas com deficiência, moradores de rua e jovens infratores
com a ampliação das vagas no ensino técnico.
Através de uma portaria publicada no Diário Oficial da
União, a SDH informou que vai atuar em conjunto com órgãos municipais,
distritais e estaduais para identificar a demanda desses grupos sociais,
havendo, logo em seguida, a distribuição das vagas ofertadas em instituições ligadas ao Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), como é o caso da Rede Federal
de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; instituições particulares
de educação profissional e tecnológica; e instituições dos serviços nacionais
de aprendizagem, o Sesc, Senai, Senat e o Senar.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Estudantes da UFPB produzem documentário sobre o direito à educação
Por Stwart Lucena
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(Reprodução/ Documentário "Direito à Educação - Youtube) |
Foram dois meses de gravação e edição, resultando em 23 minutos de material. O documentário foi apresentado em 2014 na disciplina de Cidadania e Direitos Humanos, ministrada pela professora Glória Rabay.
No vídeo, professores e estudantes do ensino fundamental, médio e superior falam sobre as falhas, acertos e avanços no sistema de educação do país. Um dos participantes é o estudante José Roberto Feliciano da Silva, aluno de Rádio e TV da UFPB.
No vídeo, professores e estudantes do ensino fundamental, médio e superior falam sobre as falhas, acertos e avanços no sistema de educação do país. Um dos participantes é o estudante José Roberto Feliciano da Silva, aluno de Rádio e TV da UFPB.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
O Marco Civil da internet interfere na liberdade de expressão?
O Marco Civil da Internet é uma lei responsável por
estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres aos usuários da Web, ou
seja, é uma “Constituição” criada para, entre outras coisas, regulamentar
garantias em espaços virtuais, visando, assim, sua normatização. A lei foi aprovada na Câmara
dos Deputados em março do ano
passado e no senado em 23 de abril, sendo
sancionado logo em seguida pela presidenta Dilma
Rousseff.
No entanto, uma questão ficou no ar após a
aprovação: a liberdade individual na internet pode ser ameaçada pelo Marco Civil?
Apoiadores do projeto argumentam que não, pois as leis foram criadas com foco
em três pilares principais: a garantia da privacidade dos usuários; a
publicação de conteúdo de forma livre, desde que estes prezem pelo respeito, dando
a responsabilidade de publicações aos usuários e não mais aos provedores/sites
que os hospedam; e, por último, a neutralidade.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
2º Colóquio sobre Fundamentos dos Direitos Humanos – com Giuseppe Tosi
O professor Giuseppe Tosi foi o convidado da turma de Jornalismo e
Cidadania, do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
para o colóquio de Fundamentos dos Direitos Humanos. O encontro ocorreu no dia 4
de fevereiro de 2015, e nele foram discutidos temas como os conceitos
fundamentais para a criação dos direitos humanos; a origem da Declaração
Universal dos Direitos Humanos; liberdade de expressão; ensino dos direitos
humanos no Brasil; e atividades desempenhadas pelo Núcleo de Cidadania e
Direitos Humanos da UFPB (NCDH).
Formado em Filosofia pela Universidade Católica de Milão, em 1976,
Giuseppe Tosi concluiu o Doutorado em Filosofia na Universidade de Pádua, Itália,
em 1999. Além disso, tem Pós-Doutorado no Departamento de Teoria e História do
Direito da Universidade de Firenze e na Universidade de Camerino. Tosi leciona
Filosofia Política na Universidade Federal da Paraíba e, nesta instituição, foi
coordenador dos programas de Pós-Graduação em Filosofia do Centro de Ciências
Humanas, Letras e Artes e de Direitos Humanos do Núcleo de Cidadania e Direitos
Humanos. Desde 1993, é membro da Comissão de Direitos Humanos da UFPB.
Confira a seguir o colóquio na íntegra:
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Atentado e regulação da mídia
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Nous Sommes Tous Charlie (Nós somos todos Charlie), manisfestantes reunidos em protesto histórico, no dia 11 de janeiro, em Paris - Joel Sagat/AFP |
Diante do lamentável ataque terrorista à
redação do semanário Charlie Hedbo que marcou o começo deste ano, e dos eventos
que o seguiram, vários debates sobre a liberdade de expressão e de imprensa vêm
sendo colocados na pauta da grande mídia brasileira. Posto como elemento básico
no exercício da cidadania, o direito à comunicação tem sido evocado por parte
desse grupo como fator constitucional indispensável, não devendo ser reprimido
ou censurado.
Aproveitando-se desse argumento, a mídia
hegemônica brasileira tem endossado forte oposição à regulação dos meios,
medida anunciada pelo governo como pauta a ser debatida brevemente.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
História e trabalho do Observatório de Educação em Direitos Humanos
Por Marco
Galindo
O Observatório de Educação em Direitos Humanos da Unesp
(OEDH) é um espaço de discussão e informação sobre bases teóricas, práticas e
políticas públicas que contribuam na construção e melhoria do ensino dos
direitos humanos no Brasil. Sediado em Bauru-SP, propõe-se a analisar a
realidade da educação desde o nível básico até à universidade, sugerindo
mediações que visem o aperfeiçoamento da cultura de direitos humanos.
A história do OEDH começa em 2004, a partir do trabalho de
capacitação de docentes pela Associação de Universidades Grupo Montevidéu
(AUGM). Em 2007, a Associação lançou o projeto “Observatório de Educação em
Direitos Humanos” para 21 universidades filiadas, entre elas a Unesp. O
lançamento do OEGM aconteceu em dezembro daquele ano, durante o 1° Encontro de
Direitos Humanos da Unesp.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Liberdade, igualdade e fraternidade na formação dos direitos humanos
Por Marco Galindo
Com
o atentado terrorista que resultou no assassinato de integrantes do corpo
editorial do jornal satírico francês Charlie
Hebdo, muito se tem falado no lema da Revolução Francesa Liberdade, igualdade e fraternidade.
Esses foram os três ideais defendidos pelos partidários do movimento que
derrubou a monarquia na França e instaurou a República. Transcorridos mais de
duzentos anos, esses mesmos valores tiveram suma importância na elaboração da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, de tal forma que,
em 1979, o jurista tcheco-francês Karel Vasak propôs a classificação dos
direitos humanos em gerações, inspirado pelo tema da Revolução.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
A educação em Direitos Humanos na defesa da humanidade
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
O que é a Comissão de Direitos Humanos e Minorias?
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Comissão dos Direitos Humanos e Minorias em Brasília. (Foto: Reprodução/ Pedro França - Agência Brasil) |
A Comissão
de Direitos Humanos e Minorias, também conhecida pela sigla CDHM, é uma das 21
comissões permanentes da Câmara dos Deputados, formada por 18 congressistas titulares
e 18 suplentes. Nela, os parlamentares votam propostas legislativas (leis)
relativas à área dos Direitos Humanos e seus fundamentos, o que resulta em
normas responsáveis pela afirmação dos direitos humanos no Brasil.
Dentro das
suas atribuições legais, a comissão não tem as mesmas do Poder Judiciário, que
é o único responsável pela aplicação das leis. Atualmente, a CDHM recebe
por ano cerca de 320 denúncias de violações dos direitos humanos em
território nacional (como crimes contra detentos, processos contra abuso de
autoridade, violência no campo e crimes de racismo e homofobia) o que resulta
na votação de projetos visando a melhor convivência dos brasileiros.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
A luta popular e os avanços na cidadania da saúde mental
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Hospital Colônia de Barbacena / Crédito:Geração Brasil - Divulgação |
Por Natan Cavalcante
Quando pensamos em “loucura” e na recuperação
psiquiátrica, logo vislumbramos um estereótipo construído no imaginário
cultural durante longos anos. Imaginamos, por exemplo, a figura do paciente de
algum transtorno mental como um ser agressivo e fora de si; portanto, um perigo
iminente para a sociedade. Partindo desse estigma construído, a mais comum das
práticas seria o completo isolamento social do doente mental em um hospital
psiquiátrico ou manicômio, onde permaneceria, muitas das vezes, até o fim dos
seus dias.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
A diversidade religiosa e a política brasileira
![]() |
Pastor Marcos Feliciano, evangélico, defensor de leis com base no Cristianismo, reeleito Deputado Federal em São Paulo.
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A cada dois anos são realizadas eleições em todo o território nacional em busca de novos representantes para as casas legislativas em esfera municipal, estadual e federal. Diante disso, ocorre uma a “invasão” de candidatos do meio religioso na disputa por cargos, o que – em um país multicultural como o Brasil – acaba gerando questões sobre quem tem o direito se candidatar e até onde o país é realmente laico e democrático.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, podem se candidatar pessoas com nacionalidade brasileira ou que sejam naturalizadas, desde que estejam em pleno exercício dos direitos políticos, alistadas na Justiça Eleitoral, tendo domicílio na circunscrição há pelo menos um ano antes do pleito e também filiadas a algum partido político há pelo menos 12 meses antes da eleição.
Por se tratar de um país democrático e declarado laico em sua constituição, o Brasil não pode estabelecer diferenças, sejam elas quais forem, sobre um determinado indivíduo por causa da sua orientação religiosa, seja ela derivada da doutrina cristã – a mais popular do país - ou descendente de religiões africanas como o candomblé, a umbanda e o xangô, além do judaísmo, islamismo, hinduísmo, budismo e demais doutrinas. (Stwart Lucena)
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
O direito humano da liberdade de movimento, pensamento e escolha
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Reprodução: Human Rights |
Quantos gritos cabem em um
silêncio? Até onde vai a nossa liberdade? A Declaração Universal dos Direitos
Humanos pede mais liberdade, mas uma parte do mundo parece não ouvir. No Paquistão,
uma cristã é condenada à forca por blasfêmia contra o profeta Maomé. No Irã,
mulheres são atacadas com ácido por extremistas religiosos que não aceitam
mudanças em suas vestimentas. Diante disso, só nos resta uma pergunta: somos
realmente livres para pensar o que quisermos e escolhermos o melhor para nós?
(Stwart Lucena)
A Violação dos Direitos Humanos
Por Human Rights
ARTIGO 13.º — LIBERDADE DE
MOVIMENTO
“1. Toda a pessoa tem o direito
de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.
“2. Todos têm o direito a
abandonar qualquer país, incluindo o seu próprio, e de voltar a seu país.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
A caneta é mais poderosa do que a espada
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Malala Yousafzai (Jon Fuller-Howell/The Mirror) |
No dia 9 de outubro de 2012,
Malala Yousafzai, uma menina paquistanesa, na época com 15 anos, levou três
tiros num atentado de autoria do Talibã, fato que mudou a vida da adolescente
para sempre. As semanas que se seguiram foram de tensão ante o estado grave de
saúde da jovem, que, mesmo sendo encaminhada para um hospital em Birmingham, no
Reino Unido, só conseguiu se recuperar totalmente em janeiro de 2013.
Malala já era ativista pelos
direitos humanos e à educação desde 2009, quando, entre 11 e 12 anos de idade,
escreveu sob um pseudônimo para um blog da rede britânica BBC. A página
relatava a situação das meninas impedidas de ir à escola na região do Vale do
Swat, no nordeste do Paquistão, devido à influência do Talibã, que era
contrário à emancipação feminina, especialmente de jovens. Foi essa a razão
pela qual ela sofreu o atentado, cujos mandantes só foram presos recentemente,
em setembro deste ano.
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